PROGRAMA #7
AUSÊNCIA/PRESENÇA>> vídeos brasileiros
05/11, sexta-feira às 20h30
duração: 55 min.
curadoria: Kika Nicolela (Brasil)
Esta seleção de obras de artistas brasileiros contemporâneos apresenta diferentes estratégias no uso dos meios de comunicação em vídeo. O que todos eles têm em comum é a investigação da tensão entre a ausência e presença dentro do quadro. Abordam questões como auto-representação, voyeurismo, manipulação, percepção e autoria, através de um diálogo constante – mais ou menos explícito, dependendo da obra – de duas esferas simultâneas: o que está presente no quadro, e o que está ausente (off-screen). Esses vídeos também foram escolhidos com a intenção de apresentar artistas e obras renomados (como Lucas Bambozzi e Giselle Beiguelman) ao lado de artistas emergentes, com interessantes produções recentes (como Felipe Barros e Juliana Mundim). Alguns desses artistas trabalham principalmente com vídeo (Carlosmagno Rodrigues, Ana Moravi, Dellani Lima), enquanto outros vêm da cena de arte contemporânea e trabalham com outros meios, como pintura, fotografia e instalação (Renata Padovan, Nino Cais e Marcelo Amorim). Esta seleção é uma adaptação de um programa apresentado no Center for Contemporary Art de Santa Fe (EUA) no 1o semestre de 2010, a convite da curadora Alysse Stepanian.
Self-Portrait in Media (Brasil, 2006, 00:42 min)
Direção: Renata Padovan
O self e a imagem confrontados em camadas de diferentes interfaces, o real e o virtual. Quem sou eu?
Nascida em São Paulo, Brasil, onde vive e trabalha. Formada em Comunicação Social pela FAAP, São Paulo, seguido de um mestrado em Belas Artes do Chelsea College of Art and Design, em Londres, em 2001. Entre as residências artísticas: NES no Skagaströnd, Islândia; o Banff Centre for the Arts, no Canadá; Nagasawa Art Park, no Japão; e Braziers workshop no Reino Unido. Padovan realizou exposições individuais em diversas galerias, incluindo a Galeria Millan, Galeria Valu Oria, Galeria Thomas Cohn, Eduardo Fernandes Galeria em São Paulo; e no Rio de Janeiro no Espaço Cultural dos Correios, Paço Imperial e Museu do Açude. Entre as exposições coletivas: “Wonderland, ações e paradoxos”, Centro Cultural São Paulo; Videoformes, Clermont-Ferrand, França; “Unframed world”, MAC São Paulo; Director’s Lounge, Berlin; “Container art”, São Paulo; ‘The Lucifer Effect’, Gallery Primo Alonso, Londres; Festival Pocket Film, Centre Pompidou, Paris; Instants Vidéo, Marseille, França; “Protest Academy”, Londres; ‘Ocupação’, Paço das Artes, São Paulo.
Imprescindíveis (Brasil, 2003, 05:22 min)
Direção: CarlosMagno Rodrigues
Um pai tenta subverter seu filho, que reage e resiste. Baseado em imagens domésticas, o vídeo trata da manipulação.
Carlosmagno Rodrigues, nascido em 1972 no Brasil, é formado em Filmes de Animação e Belas Artes. Seus vídeos foram mostrados em exposições e festivais no Brasil e no exterior. Rodrigues é consultor artístico para a Implementação do Programa de Processamento de Dados Geográficos do Estado de Minas Gerais e professor de arte eletrônica na FUNARBE.
Há Mares (Brasil, 2009, 02:50 min)
Direção: Giselle Beiguelman
Paisagens construídas pela superposição de diferentes oceanos. Gravado em: Rio de Janeiro, Patagônia, Paros, Sergipe e Yucatán, usando diferentes telefones celulares entre 2006 e 2009.
Giselle Beiguelman é midiartista e professora da pós-graduação em Comunicação e Semiótica da PUC-SP. Editora da seção novo mundo da revista eletrônica Trópico, foi curadora do Nokia Trends (2007 e 2008) e é Diretora Artística do Instituto Sergio Motta . Entre suas publicações recentes destacam-se: Link-se (Peirópolis, 2005) e a co-autoria de Nomadismos Tecnológicos (com Jorge La Ferla, Barcelona, Ariel, no prelo). Seu trabalho aparece em antologias e obras de referência sobre arte digital como o Yale University Library Research Guide for Mass Media e Digital Arts (C. Paul, Thames & Hudson, 2008), entre outras. Seus projetos foram apresentados em exposições como 25a Bienal de São Paulo, Arte/Cidade, Net_Condition (ZKM), el final del eclipse (Fundación Telefonica, Madrid), Algorithmic Revolution (ZKM), arte.mov (Galeria da VIVO, São Paulo) e Netescópio (MEIAC, Espanha).
Sem Título (Brasil, 2008, 02:32 min)
Direção: Nino Cais
No vídeo Sem Titulo, o artista está voltada para a imensidão do oceano, segundo a tradição romântica. Mas, com os pés na água contida em um balde, ele traz essa grande quantidade de água à escala humana.
Nascido em 1969 em São Paulo, Brasil. Vive e trabalha em São Paulo. Nino Cais concebe o corpo como um quadro, um ponto de partida e um material para suas obras: desenhos, fotos, performances e vídeos.
Projeto Vermelho (Brasil, 2006, 05 min)
Direção: Luiz Roque
Processo alternativo de produção de nuvens.
Luiz Roque (Cachoeira do Sul, 1979) vive e trabalha em São Paulo. Ele trabalha com cinema, vídeo, fotografia e mais recentemente em projetos envolvendo a luz de néon. Suas obras foram mostradas individualmente em locais como o Paço das Artes (São Paulo, 2oo8) e Atelier Subterrânea (Porto Alegre, 2oo9) e em exposições coletivas como “Abre Alas 6” (A Gentil Carioca, Rio de Janeiro, 2o1o) e “Links Vídeo Brasil” (Tate Modern, Londres, 2oo7). “Projeto Vermelho” ganhou o Prêmio FIAT (2oo6) e foi exibido na Biennnial de l’image en Mouvement (CIC, Genebra, 2oo7) e incluído na seleção Lucida, um panorama da videoarte da América Latina que foi ao ar na televisão argentina (2oo7) e viajou para a FIFA Festival (Montreal) e Centro Atlántico de Arte Moderno, nas Ilhas Canárias (em 2oo9).
Murmúrio Da Vida (Brasil, 2009, 02:44min)
Direção: Felipe Barros
“O dia mais longo do homem dura menos de um relâmpago.”
Formado em Artes Visuais, na Universidade Santa Marcelina, Felipe Barros iniciou seus trabalhos em 2005. Para ele, vídeo-arte é uma ferramenta para suas pesquisas sobre tempo, memória e identidade. Desde então, seu trabalho envolve materiais como filmes de família, que subverte, criando uma nova narrativa. Ele também usa fotografias antigas, sujeitando-os às condições físicas de desgaste, tais como imersão em corrosivos ou congelação em blocos de gelo, lidando com a questão do desaparecimento da memória. Outro aspecto de seu trabalho envolve as possibilidades da imagem digital. Felipe Barros usa esses recursos para criar novas narrativas e realidades fílmicas que tratam da paisagem urbana e da passagem do tempo.
El Dia Que Me Quieras (Brasil, 2009, 05 min)
Direção: Dellani Lima e Ana Moravi
Acaricia meu sonho, o sopro suave do seu suspirar. Dedicado a Carlos Gardel.
Dellani Lima é nascido em Campina Grande, Paraíba, Brasil. Cineasta, músico e produtor, vive em Belo Horizonte. Seus vídeos foram exibidos em festivais como Videoformes (França), Asolo Art Film Festival (Itália), Media Forum, em Moscou, Hamburg International Short Film Festival, JVC Tokyo Video Festival, e Videobrasil. Curador e jurado de projetos no Brasil: Mostra Vídeo do Itaú Cultural, Indie – Mostra de Cinema Mundial, Mostra do Filme Livre e III DOCTV (MG). Nos últimos dez anos, ele tem realizado cinco projetos de intervenção musical, “Madame Rrose Sélavy”, Splishjam “e” E Disse Que Era Economista “, que ele fundou e também fornece suporte digital para.
Ana Moravi é diretora e pesquisadora das artes visuais. Estudou Mídia e Educação Artística, e reside em Belo Horizonte, Minas Gerais. Desenvolve projetos de educação audiovisual e arte.
Tear/Torn (Brasil, 2009, 05min)
Direção: Marcelo Amorim
Imagens de várias crianças tiradas do arquivo do artista começam a se molhar e rasgar-se em uma animação stop-motion, criando uma colagem em movimento sobre a memória e identidade.
Nascido em 1977, Amorim vive e trabalha em São Paulo. Ele possui cursos de fotografia na Universidade Católica de Goiás e ESPM (São Paulo). Participou do grupo de acompanhamento de processos artísticos com Juliana Monachesi e Guy Amado, entre 2007 e 2008. Também participa do grupo Ateliê Fidalga de investigação, coordenado por Albano Afonso e Sandra Cinto. É integrante do Ateliê 397, local de produção e exposição de arte contemporânea. Participou da exposição individual no Centro Cultural São Paulo e exposições coletivas em instituições como o Sesc Pompéia (2007, 2008), Galeria Municipal de Arte Victor Kursancew (2007), Museu de Arte de Ribeirão Preto Pedro Manuel Gismondi (2008), Fototeca Juan Malpica Mimendi (2008), Sesc Pinheiros (2009), Museu Victor Meirelles (2009) e Carpe Diem Arte e Pesquisa (2009).
The Things That Happen When I Think Of You [série] (Brasil/Inglaterra, 2007/08, total 04:10 min)
Direção: Juliana Mundim
Juliana Mundim é uma artista e cineasta, que vive entre São Paulo e Nova York, e acabou de passar meses viajando pelo mundo fazendo vídeos, desenhos e fotos. Seus vídeos foram mostrados na Alemanha, EUA, Brasil e Japão, entre outros. Em seu trabalho, pessoas vivem em uma realidade muitas vezes sonhadora, de alguma forma abstrata, onde sua sensibilidade é, por vezes flutuante, às vezes apenas aspira algo mais interessante do que a nossa vida cotidiana.
Aqui De Novo (Brasil, 2002, 06min)
Direção: Lucas Bambozzi
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